Gregos, troianos e timotenses

Imagine uma fusão de tudo o que pode dar errado em uma festa. A cerveja quente acaba minutos depois do abridor de garrafas quebrar, o som baixo – que não alimentaria nem uma festa no quintal aqui de casa – falha algumas vezes durante a noite e, para completar, o staff (atendentes, barman, seguranças, portaria) totalmente despreparado e incipiente não consegue exercer com competência e agilidade tarefas simples como virar um pouco de uísque ou vodka em um copo com gelo. Ah, já ia me esquecendo, teve chuva, MUITA chuva, a noite toda. 

Imagine agora uma fusão de todo o tipo de música que é possível tocar em uma só festa. Um vocalista empolgado, um dj desatualizado, outro que falava durante as músicas, funk depois de meia hora de trance, aquela coisa rock anos 80, capital inicial, balada Jovem Pan, funk Malboro, Rapazolla. Tudo na intenção é claro. Versão Paraguaia, Timotense. Uma conFUSION (sáb.19/01.Sítio Toquinho).

E como festa de bebida liberada não tem como ser ruim – porque o público que poderia criticar entornou todas e opinião de gente bêbada não conta – e as referências locais são daquilo para pior, a terceira edição da label não trouxe novidades, ou pior, mostrou-se um lugar comum, “aquela coisa” se é que vocês me entendem. Poderia ter sido bacana… Mas não foi.

E se não dá para ser bacana, que tal mais ou menos? Open, em Ipatinga, ao meu ver é atualmente a melhor opção da região. Mesmo sendo, desculpem a repetição, bem MAIS OU MENOS – e a culpa é do dj que tocou na última sexta (18.01). Como já disse em um post passado gosto da casa, dos serviços, do público. Mas alguns minutos de observação foram suficientes para registrar uma falha gravíssima, inaceitável: algúem já viu um deejay dublar? Eu vi, não gostei e é claro que, indignado e um pouco bêbado, não perdi a oportunidade: 

– DJ, gostaria de te parabenizar pela atuação. Que escola de atores você faz? O dia em que você for tocar um set seu, por favor, me convide, faço questão de escutá-lo. Não sou idiota e sei que não está virando nenhuma música. Inclusive posso te dizer até de quem é esse set.

– Ok, pode deixar – respondeu visivelmente envergonhado o charlatão que ainda ameaçou abrir um meio sorriso naquela cara (deslavada e oportunista). 

Propaganda enganosa, até onde eu sei, é crime. Imagine se a banda que tocou na Fusion, por exemplo, colocasse um cd do Capital Inicial para tocar e todos os músicos ficassem simulando um show… Agora me respondam porque tenho que aceitar um deejay fazendo isso? Lamentável, de quinta categoria.

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Ddelivery!
Muita gente me dizendo que não consegue comentar no blog. Eu hein…
Tenho que dar um jeito e resolver isso. Se eu não puder transformar isto aqui em uma plataforma democrática de discussão e saber da opinião de vocês sobre os assuntos em que me intrometo, tudo perde o sentido, fica sem graça.

Com fé, como já disse uma vez e repito sempre, I will survive e o blog também.

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