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Pense no curso de um rio. Essa é a analogia mais simples e a filosofia mais barata que me ocorre. A vida e a morte, o feminino e o masculino. Biologicamente nos reproduzimos para perpetuar nossa espécie. Dois corpos suados, abraçados e uma desesperada urgência de sobrevivência.
Uma noite quente, talvez a mais quente de toda a vida daqueles dois amantes. Eduardo arrancou a blusa e voltou a enlaçar o corpo de Ana, que sentiu a pele quente do amado queimando a sua, os pêlos do seu tórax, a sua respiração um pouco nervosa.. Suaram juntos. Um abraço mais apertado e o sexo do garçom enrijeceu ao pressionar de leve as nádegas de Ana.
Para ela talvez fosse um daqueles poucos dias em que era tomada por sonhos eróticos, que a levaram instintivamente a ajeitar-se junto à virilha de Eduardo. Tentei me desvencilhar desses pensamentos, mas o desejo de saber aonde tudo aquilo daria me fez, mesmo que timidamente, permitir que tudo continuasse. Eu já podia sentir o cheiro dos feromônios invadindo todo o quarto e sufocando-os com suas libidos.
Os olhos não se abriam. No jogo de enganação que se estabeleceu ali, tinham medo de que a consciência fizesse toda a timidez e vergonha vir à tona. Melhor deixar como estava, olhos fechados, corpos colocados, membro ereto, desejo, tesão, paixão.
Eduardo soltou os braços e com uma das mãos apalpou os seios de Ana. Com a outra mão alisou a cintura, fazendo movimentos lentos que simulavam um coito. Ela imitou e com um rebolado fez Eduardo soltar um pequeno gemido. Ana segurou a mão do seu amado e retirou a bermuda de seda que vestia. Ele abaixou a sua bermuda também. Os movimentos ficaram ritmados e não demorou para que o membro dele encontrasse a cavidade dela, e que uma penetração lenta e cuidadosa se iniciasse. Ele não queria machucá-la, sabia que aquele momento não poderia ser traumático. Mas não sabia que aquela era a primeira vez de sua amada. Ela, tomada por calor e desejo abruptos ficou um pouco incomodada nas primeiras estocadas, mas logo relaxou. Gemidos, suor, sangue. Eduardo soube ali que era ainda mais especial na vida de Ana, que por sua vez, acabara de quebrar mais uma barreira em sua vida. Silêncio, um dois, cinco, dez minutos depois. A respiração continuava ofegante. Eduardo abraçou Ana o mais forte que pôde. “Eu te amo”, sussurrou. Um beijo na nuca, o sono. Para ele. Ela não conseguiu parar de pensar em tudo o que tinha acabado de acontecer.
(…)”
Segui os conselhos do Rafa e limpei o texto.
Quer saber como ficou? Qualquer hora dessas eu conto para vocês.