O livro que eu não li

Toda vez que eu passo perto de alguma livraria e vejo “A Sombra do Vento” empilhado nas sessões dos mais vendidos (ou mais procurados) me bate um desespero explicável: pelo que parece sou a única pessoa na face da Terra que não consegue se interessar pela história contada pelo autor espanhol Carlos Ruiz Zafón.

Tem um mês que tento diariamente sem sucesso! Nada me impressiona, me cativa. No romance, Daniel Sempere, um garoto de 11 anos, “recebe de presente de seu pai, uma visita durante a madrugada, a um misterioso lugar denominado Cemitério dos Livros Esquecidos. Uma biblioteca labiríntica que funciona como depósito para obras abandonadas pelo mundo, esperando quem as possa descobrir”. E por aí vai…

No Orkut muitas comunidades se derretem em elogios. Em um dos tópicos, fãs órfãos com o fim da leitura se perguntam “E agora? O que ler?”. Nos sites de e-commerce sobram adjetivos como “excelente”, “único”, “sem precedentes”, “mágico”, “Tenso, inquietante e instigador”. Eu continuo preso na página 90. Não dá… Pelo menos por enquanto joguei a toalha.

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