Por Rafael Fabretti
Quem é Ana Griebler, essa mulher que tem tirado nosso sono nas últimas semanas? Poderia ser uma vizinha, um parente distante ou aquela moça estranha com quem cruzamos pela rua e, de tão insignificante, temos pena de julgá-la. Mas não: Ana Griebler é a personagem principal de “A garota que eu perdi”. Adotada por um casal de alemães, passou a infância em um orfanato, sempre sem amigos e introspectiva. Adulta, foi morar no apartamento 54 em um prédio qualquer da decadente Rua Augusta do começo dos anos 90. Mergulhada em uma rotina medíocre, trabalha como telefonista na Telefones S.A. e almoça todos os dias a mesma comida no Restaurante Brooklin. Sonhadora, acompanha as novelas para fugir da crueldade do mundo real. Reprimida, observa pela janela a movimentada vida dos freqüentadores de bares e boates. Simples, tem como pequenos prazeres encerar a casa e fazer torta de maça na companhia da mãe. Pura, alimenta um sentimento sincero por um garçom. Covarde, é incapaz de se declarar. Solitária, tem como companheiro um gato. Predestinada, é assombrada por um dom que mudará para sempre sua vida.
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A foto abaixo não nos deixa mentir. Sexta, quatro da manhã, e eu ainda ouvia atentamente as
observações do Rafa sobre a história da garota que EU, Douglas, ainda não perdi. Valeu a pena! Reescrevi muita coisa, acrescentei outras e censurei toda uma parte- que eu até já postei aqui no blog. Obrigado Rafa!