Ontem eu descobri que a única pessoa capaz de me tirar do prumo, e me detonar em frações de segundo, sou eu mesmo! Quando percebo que pisei na bola, que fui burro, ingênuo, malicioso ou estúpido, sou tomado por uma cólera corrosiva, um sentimento puro e simples de ódio. Odeio errar.
“Como fui burro, meu Deus!”
No diálogo que crio comigo mesmo, o meu eu do presente – super esperto, inteligente, perspicaz – odeia o meu eu do passado – ignorante, bobo, imaturo. Que fique claro que esse embate é atemporal. Os dois eus podem ser separados por segundos, minutos, horas, dias, meses, anos… e se colidirem a qualquer instante, em qualquer lugar.
“Como sou esperto, meu Deus!”