Eu nunca fui muito de conseguir guardar as coisas só pra mim. Vocês sabem, isso não é novidade. O título do blog não por acaso é Ddelivery. Dê, de Douglas, delivery, de delivery mesmo: a minha entrega pessoal, do que eu sou, penso, sinto e crio. Tudo muito bem resolvido, assumido e sem vergonha na maioria das vezes.
Acontece que ultimamente tenho ficado meio constrangido com certas coisas que alguns amigos andam publicando no Facebook e Twitter. Isso quando os posts não me irritam, perturbam e tiram da zona de conforto. Até seria bacana esse chacoalhão com a opinião alheia se ele de fato provocasse alguma ruptura, um questionamento que abrisse novas janelas e me fizesse crescer. Mas não. O efeito é de total paralisia. Leio e não sinto qualquer vontade de debater, questionar ou discordar. Mais, fico com preguiça de expor qualquer ideia ou pensamento. Pra que tudo isso mesmo?
Já perdi as contas de quantos textos que li tratando do empobrecimento cultural que os “likes” e “compartilhar” da vida têm ocasionado, mas não se trata só disso. Quando foi que, influenciados pelo nada, perdemos o gosto de aprofundar em temas? Por que isso não é valorizado?
Foi assim que o blog entrou em mais uma fase de letargia. Escrever o quê, pra quem e com que objetivo? Faz sentido? Isso tudo é obviamente muito existencialista e esse espaço não é uma sessão de terapia, mas por que tantos caracteres se posso ser superficial e diluído em muitos posts durante o dia lá no meu Twitter e Facebook?
Ando pensando nisso.