Ei, não é pessoal. Respeito a sua opinião, valorizo suas convicções e quero mais é que você continue demonstrando paixão pelas ideias. As suas e também as minhas, é claro. Mas calma, não precisa exagerar na forma.
Desejo de coração que você se apaixone pelo conceito do pluralismo, que saiba respeitar o direito dos outros de pensarem o que bem entenderem, que curta perceber que há sim valor no discurso alheio, mesmo que não tenha absolutamente nada a ver com você.
Mais do que tanto esforço em tentar me convencer da sua visão ou me fazer enxergar a qualquer custo a sua perspectiva, adiantaria mais canalizar essa energia no bem-estar social, a nossa relação, o que somos e representamos um para o outro, o que nos aproxima e também o que nos distancia. Discutir não é brigar, e apresentar pontos de vista não é vociferar contra quem pensa de modo diferente na rede social. Divergência e construtivismo, cada um com sua verdade, mas com respeito e uma consolidação de conceitos democráticos.
Eu me orgulho de não ser “maria-vai-com-as-outras”, por não repetir discursos e votar por complacência seguindo a maré. Não me envergonho de poder mudar de ideia ou errar nas escolhas. Não me importo também em reconhecer que há mais embasamento na fala de um estranho do que na minha própria. Valorizo o diálogo e “posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”. Não se trata de uma via de mão única: para estabelecermos um bom diálogo, e por mais que possamos conversar com nós mesmos, sempre precisaremos uns dos outros.
Dito tudo isso, o lá e o cá, tenho mesmo de me posicionar no Facebook ou Twitter e entrar na linha de frente do combate? O que posso levar dessa disputa? Estamos preparados para crescer juntos ou teremos que entrar em um confronto infantil para ver quem está certo? Aliás, o que é certo nisso tudo? Estamos nos ouvindo? Participamos de uma troca de ideia ou apenas defendemos nossas certezas?
Ando pensando nisso.
O que eu postei sobre as eleições e que me fez arrepender no segundo seguinte está colado aqui embaixo. É só clicar, ler e, claro, participar do meu crescimento. Espero que não continuemos reproduzindo discursos e que passemos a tratar do que de fato estamos sentindo e experimentando enquanto brasileiros. Está bom para você?!