Estou tontoooo…. Estou vendo estrelinhas… Vermelhas… Um moooonte delas!!!! #PT #Eleições2014
— Douglas Freitas (@douglasfreitas) 26 outubro 2014
Do meu “desejo super honesto de que algumas de minhas ideias ocupem um lugar de fácil acesso. Por apreço, apego, orgulho e até crescimento pessoal”, registro aqui um pouco do que foi esta maratona política que travamos nas últimas semanas. A discussão foi acalorada, tensa e imatura. Dos dois lados. Nada folclórico ou festivo à democracia, azuis e vermelhos, caprichosos de seus ideais e garantidos de serem donos de uma razão extremamente questionável, muitos de nós destilamos ódios e preconceitos.
Caprichosos e garantidos. #Eleicoes2014 #Eleições2014 pic.twitter.com/51N1IkGJ4E — Douglas Freitas (@douglasfreitas) 26 outubro 2014
Diante da distribuição dos votos no Brasil como um todo e em Minas Gerais, estado onde vivi boa parte da minha vida e que muitos analistas disseram ter sido decisivo no pleito, fica claro que o PT deve mesmo ser muito bom e carismático com a parte mais carente do país. Não posso falar, criticar ou julgar com propriedade aqueles que estão em zonas onde o assistencialismo é um agente social transformador. Mas está claro e provado que isso conta e muito para a maioria dos brasileiros. Quando o assunto é mais urgente (como o medo da fome) parece plausível aceitar que eles não se importem com conceitos mais complexos e intimamente ligados, como inflação ou desvalorização cambial.
Contudo, penso que mesmo diante disso não dá para agrupar os Dilmistas como se fossem um só grupo homogêneo e rotulá-los de carentes ou desinformados. Existe um entorno, gigante, que não pode ser desprezado. E não precisamos concordar com eles… Podemos sim, mesmo os derrotados, continuar acreditando num outro lado e defendendo ideias discordantes.
Registro aqui o tuíte do jornalista André Trigueiro e que resume bem o meu sentimento pós-batalha.
Que o legado desta eleição não seja a consagração do marketing político inspirado na”desconstrução”sumária -e nem sempre ética-do adversário — André Trigueiro (@andretrig) 26 outubro 2014
Sim. É preciso ultrapassar aquela “desconstrução sumária”, a mesma que nos fez desqualificar, tripudiar e menosprezar opiniões contrárias, vindas muitas vezes de quem nos cerca. Com que direito fizemos isso?
Brasileiros que falam de brasileiros na 3ª pessoa — eles e não nós: somos todos burros e ignorantes, até mesmo por n reconhecer a derrota.
— Douglas Freitas (@douglasfreitas) 26 outubro 2014
Oi, inconformados/exaltados/revoltados: o nome disto é DEMOCRACIA. Vamos aceitar e respeitar o voto da maioria. #Eleicoes2014 — Douglas Freitas (@douglasfreitas) 26 outubro 2014
No mundo que estamos vivendo perdemos pontos por pensar diferente. Não precisamos concordar com tudo (e na totalidade) para sermos queridos, amigos e continuarmos felizes. Conviver com a discordância de ideias mostra a maturidade das relações e foi uma pena enxergar que nem todo mundo encara a intimidade estabelecida dessa forma.
Nunca é cedo para repetir que respeito é bom e todo mundo gosta; política, religião e futebol não se discutem; opinião é igual bunda, cada um tem a sua; e, claro, que é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã.