Hoje eu me peguei pensando sobre a declaração de Felipe Massa de que não sentirá saudade de ‘certas coisas’ quando se aposentar da F-1, momento este que deve acontecer já no próximo domingo (13), no Autódromo de Interlagos em São Paulo/Brasil.
É interessante como esperamos ansiosos pelos momentos de virar a página, superar os incômodos, as dificuldades e as dores trazidas por “certas coisas” indesejadas, que deixam marcas, traumas e são capazes de nos moldar (para o bem e para o mal). Quando julgamos ter deixado para trás tudo o que de ruim se passou, esquecemos do valor de tudo isso para a construção da nossa própria identidade.
De repente a gente entende que aquela coisa gravíssima não tinha tanta gravidade assim; que um erro imperdoável, no fim pode ser perdoado; que um machucado incurável está sendo cicatrizado. É o tempo fazendo a sua parte em nos provar que somos maiores e melhores do que certas situações e que, vencido o rancor, podemos finalmente abraçar o novo.
É aprender a respeitar o tamanho e a importância que aquelas ‘certas coisas’ têm para cada um de nós, o espaço que tomam em nossa mente, a energia que nos consome, e como podemos a partir delas nos tornar pessoas melhores. É também encarar o agora e não ter de ver pequenos buracos transformarem-se em grandes abismos. É saber fechar os pontos.