Olimpíadas são capazes de ensinar à beça sobre várias coisas, do que é um verdadeiro espírito de competição saudável à forma correta de torcer em diferentes modalidades. O limite é sensível entre o que se deve e o que, definitivamente, não se deve fazer, esbarrando sempre no respeito às diferenças culturais entre os países participantes.
O caso “Carioca dá fora em gringo, posta no Facebook e é alvo de críticas, piadas e (até) elogios” é uma das tantas situações pelas quais estamos passando e que oferecem uma boa discussão sobre o tipo de comportamento que temos em redes sociais e fora delas (e também como tudo se mistura parecendo ditar nossas atitudes para justificar um post).
Para os que estão por fora do que aconteceu e ficou com preguiça de clicar no link acima, basicamente uma residente da cidade maravilhosa, cidadã deste país que gosta de botar banca de boa praça e cheio de atenção e carisma, se recusou a dar informação em inglês a um gringo. A alegação é de que, uma vez aqui, ele teria que falar ou tentar pelo menos se comunicar em português.
Engraçado que se fossemos seguir esta lógica, como turistas brasileiros, teríamos de falar não sei quantos idiomas e dialetos a cada novo país em que colocássemos nossos pés.
Não há justificativa para tamanha falta de educação e cordialidade. Ser um bom anfitrião, deixar os convidados sentindo-se em casa, não é pra todo mundo obviamente. E aquela moça, com sua arrogância, grosseria e prepotência, ali em Botafogo, perdeu uma enorme chance de ficar calada. Inglês, queira ela aceitar ou não é um idioma universal, o elo de ligação capaz de conectar o mundo. A velha fama carioca de se sentir o último BISCOITO (jamais bolacha!) do pacote deu as caras e mostrou o porquê de ainda não estarmos prontos para o protagonismo internacional.