A cantora Anitta foi acusada de “apropriação cultural” por ter participado de uma gravação do programa Altas Horas usando dreadlocks nos cabelos. Fiz um post lá no Facebook defendendo que, num país tão miscigenado como o nosso, é interessante que ainda se possa acreditar que exista uma essência imaculada, pura e sem interferências/influências externas.
Como tudo que é polêmico, o debate se tornou – no meu entendimento – maior do que um post a ser esquecido daqui a algumas horas e, por isso, resolvi divulgá-lo por aqui. Todos estão convidados a participar desta troca e contribuir com a discussão que está rolando lá nos comentários.
Reforço o ponto que disse por lá: para mim é engraçado os valores que damos a símbolos – e como achamos que todos têm a obrigação de compartilhar dos mesmos significados que damos a eles.
o fato de se tornar apeopriacao é que acaba perdendo a raiz, de onde veio e alem disso, quando um negro usa algo que representa a sua origens. africa, é criticado, xingado. “mas e esse cabelo, nao cuida? fica sem lavar? que fedido!” quando uma pessoa branca utiliza ha o apagamento, e ainda por cima, é considerado bonito. joga na net “dreds” que voce so encontrara pessoas brancas em peso..
Na verdade os dreads não são da cultura negra especificamente. Já foram encontrados no Peru, Nova Zelândia, Japão e Índia. E os três primeiros países não tiveram contato com a cultura africana nesta época.
Quanto à Índia , não é possível saber por sua posição geográfica.
Sendo assim , não é apropriação de cultura.
Vale lembrar que o carnaval, festa junina e o natal não são festas de origem africana nem brasileiras e ninguém fica com esse mimimi.
Compartilho da sua opinião, Vânia. Obrigado por divulgá-la aqui.