Fala comigo?
Que papo é esse agora?
Estou pedindo algo simples… Que você fale comigo. Que se abra, exponha e entregue, que diga o que vier sem reservas.
Eu estou falando com você.
Não, não está.
E o que significa tudo isso? O que estamos fazendo aqui?
Consigo diferenciar bem “falar” de “teclar”, o que eu leio do que escuto. Você está digitando comigo.
Que bobagem… Ainda sou eu aqui.
Não acredito que suas letras desenhadas tenham tanta força quanto quando são ditas, pronunciadas.
Está bem então… Só 1 min…Pronto! Vai lá no seu Whatsapp.
Um áudio?!
Não era isso que você queria?
Você está sendo literal ou propositalmente sonso e irritante?
Seja mais explícita nas suas vontades e reclamações!
Quero falar com você. Não tenho como ser mais objetiva.
Então ouça o meu áudio e responda. Prefere falar por lá?
Não acredito em mensagens que possam ser editadas, regravadas. Quero a vibração da sua voz por não saber a minha reação, por sentir dúvidas sem saber se deve ou não continuar com uma frase.
🙁 Desculpa.
Quero olhar nos seus olhos e enxergar a verdade no que está sendo dito. Que a carinha triste é mesmo porque ficou chateado, e não só para responder algo que ocupe a tela. Que quando você digita “rs”está rindo, que eu ainda sou capaz de deixar suas bochechas vermelhas ou que posso me divertir com o som gostoso da sua gargalhada, que jamais chegará perto de um “hahahaha”.
Ainda vamos acabar brigando com suas falsas impressões e com essa mania de ficar me avaliando.Você interpreta tudo errado!
Ainda vamos acabar sem sentir como dói esse tal terminar. Dor física, real, não por uma provável carência virtual.
Não quero isso.
Então fala comigo do jeito que eu quero e preciso.