Esta vai para o pessoal ligado em signos, significados, no poder dos símbolos, na representação como farsa, em uma das frases prontas mais verdadeiras – que “uma imagem vale mais do que mil palavras” -, em tudo que é “dito”, “comunicado”, “interpretado” sem que seja preciso abrir a boca para dizer ou ainda escrever uma única letra de texto.
O “Forte juntos” (Stronger Together), mas separado por uma cerca, o perto que é na verdade distante; o sorriso uniformemente armado para fotos; as selfies maiores que a realidade que acontece bem atrás de nossas cabeças enquanto ali no meio, um senhor entrega que é de outra geração não pela barba branca, mas pela forma como registra o momento (atrás, não na frente das câmeras!); a caixa três tabelas – ou um palenquezinho – para mostrar-se maior do que é, o aceno que é tchau, até logo, sou simpática, estou com vocês, em sintonia com a alegria da massa, mas em contraste com a sisudez do staff. Fotos falam, ensinam, retratam e desconstroem.
“O que você vai fazer sobre isso?”(What are you going to do about it?), provoca a camiseta de uma das participantes. Observar, respondo. E se lá votasse, na falta de tu, iria com tu mesmo, Hillary Clinton!