Inferno

A minha garganta dói. Quero gritar, estar feliz, extravasar, mas não dá. Você comemora a cereja e eu continuo vendo o bolo destruído.

Sai a Dilma entra o Temer, que ainda na vice-presidência, faz campanha, lobby; em igrejas, com pastores. Nomes absurdos para pastas importantíssimas. A mesma venda de cargos para a tal governabilidade. Criacionismo em pauta. Não do universo por Deus, mas de um Estado ditado pelo demo. Que homens são esses sentados em cadeiras que fedem a enxofre?

Sai o Cunha entra Waldir Magalhães, talvez conhecido lá no Maranhão, mas agora mais do que nunca na pauta nacional… E na lista de investigados da Lava Jato obviamente. O buraco negro segue puxando, revirando o tabuleiro para, no fim, dar um cavalo de pau de 360 graus. Não saímos do lugar, mas podemos comemorar: o mal se foi. Mas atenção que a penca que o sustentava continua lá decidindo a nossa vida.

Aos solavancos vamos vivendo este inferno que é a vida política nacional. E achamos, com uma fé fervorosa daquelas de lotar templos religiosos, que a salvação está perto… Que existe um salvador. Haja fogo capaz de nos purificar.

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