A sofisticação pode até ser delirantemente apreciada, contanto que, jamais, se perca o foco do que realmente sustenta uma vida feliz: a simplicidade.
Sabe aquele champanhe francês caríssimo – não economize sua imaginação – que é sinal de celebração, a combinação perfeita para menus elaborados e celebrado como um sinal de status em mesas emergentes? Experimente tomá-lo sem mesquinharia todos os dias da semana, do mês, durante um ano… Sempre que tiver sede ou precisar se hidratar. Em casa, no trabalho, quando tiver se divertindo, exercitando ou produzindo.
Chegará uma hora em que até os mais resistentes aos efeitos do álcool acabarão necessitando de um belo copo d’água. Aquele mesmo sem cor, cheiro e gosto. Sem graça a primeira vista, mas fundamental à nossa sobrevivência, capaz de provocar inigualável prazer em determinadas situações. Não há nada melhor do que um gole de água quando se precisa restabelecer as funções biológicas que nos mantêm vivos.
Como menosprezar os inúmeros copos de água, tudo que de simples (e às vezes invisível, sem uma atração palatável ou pouco excitante), passar por nossa vida? Pode não ser nada, mas pode também ser exatamente o que nos coloca de pé, firmes e fortes neste mundo. É bem fácil perder-se nos devaneios de uma vida de luxo. E é um tanto quanto sofisticado quem entende-se na simplicidade. Muitas vezes quem tem nada, tem tudo.