Vamos medir força, mas começando pelo que você entende “ser forte”. Já vi muitos fortões em frangalhos após uma separação e já presenciei muitos fracotes se mostrando gigantes de aço, inabaláveis diante das mais diferentes adversidades.
A vida coloca à prova forças que desconhecemos, que de tão naturais emergem quebrando barreiras, destruindo impedimentos, movendo montanhas. A mesma vida também é capaz de provar que não interessa quantos quilos seus músculos são capazes de suportar… de uma hora para hora, a perna cambaleia, a resistência se vai e viramos reféns da sorte, do seja o que Deus quiser.
A força está onde menos esperamos, lá dentro, pronta para vir à tona. Esqueçam os cabelos, os bíceps, as panturrilhas que suportam todo o seu peso, os pés que carregam o universo que se agiganta sobre nós.
A força vai além das leis de Newton, das maçãs – tantas delas! – que caem na cabeça de todos nós uma hora ou outra, nos fazendo acordar para a realidade, para aquilo que realmente importa e conta. A força que é capaz de acelerar, desacelerar, deformar. É o que nos mantém e tira da inércia. É o resultado de todas as forças que nos moldaram e que continuam a nos formar. É tração e propulsão! Vamos medir forças? Ação e reação em enunciados. O que bate, volta. Físico, emocional e espiritualmente.
A força está aí. Com a gente. Lá dentro. E nos músculos. É saber olhar à frente e não titubear nos infortúnios. É cambalear diante de golpes certeiros, mas não letais, e levantar. É enxergar derrotas como aprendizados e não pensar duas vezes antes de tentar de novo. É o nosso instinto dizendo que não há fatos racionais ou situações emotivas capazes de nos fazer sair do prumo, de perder a essência que nos torna seres vivos e pulsantes.
Sim. É instinto sobrepondo a razão e emoção. Por sobrevivência, por manter-se bem dentro do jogo estabelecido. Por saber que somos todos capazes de suportar e seguir em frente… Que a força esteja com vocês!