Pátria Educadora

Publicado em por Douglas Freitas

Professores amigos que me acompanham por aqui, gostaria de ouvir a opinião de vocês sobre a iniciativa do Ministério da Educação do governo Michel Temer em propor ensino em turno integral e focado por disciplinas.

Confesso que, assim a primeira vista, foi uma boa surpresa do (novo? golpista?) governo. Algumas observações que me pareceram pertinentes:

1) Excelente entenderem que a forma de ensino atual não é só ultrapassada, como não atende as necessidades de formação e mercado;
 
2) Penso ser também fundamental ir além da implementação de um novo modelo e olhar com carinho e JUSTIÇA a valorização do corpo docente e qualidade do conteúdo ministrado. Mais do que ficar algumas horas a mais dentro da escola ou aprender com profundidade alguma área do saber, é necessário que se tenha preparo, infraestrutura e boa didática.
 

3) Dito isso, quanto custará a mais aos nossos bolsos tais mudanças? Da adaptação das grades escolares, formação dos professores, adequação de instalações para receber os estudantes, salários pelas horas a mais trabalhadas e novos profissionais, material de estudo, alimentação…? Quem ficará com a conta extra? União, estado, município ou todos os três? Qual a estimativa de aumento?

4) Qual seria a métrica para avaliar o impacto do novo modelo de formação? Qual o resultado esperado? Em quanto tempo?

5) O vestibular também será adaptado ao novo modelo?

Finalizando ponderando quão interessante é pensar que tal mudança saia justamente no governo Temer, quando quem defendia o slogan de “Pátria Educadora” era o da presidente Dilma Rousseff. Provocação, inspiração ou herança?

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