São coisas da vida

Continuo a saga pelo entendimento, para ser razoável e não expressar com estupidez o centro de tudo, o meu umbigo. Tento mirar no futuro, não sem a reflexão devida por tudo que já vivi, não sem considerar os fatos que acontecem e somem – as notícias velhas que ainda nem li.

Estou fora de prumo, desatualizado sobre o ciclo de evaporação da água que não cai onde deve, mas continua a sair onde espero e quando quero. Tudo certo! Pulo de assunto, outra coisa, qualquer uma que seja capaz de injetar adrenalina no meu corpo. Eu me desperto com raiva e triste e cansado e monotemático. Politizei o viver e espero pluralidade de ideias. Quero cores, mas sigo com o cinza apático, ternos mal-ajambrados, sorrisos amarelos, conversa para boi dormir. Não confio em mais nada e gosto de desconfiar de tudo. Não se trata de ser questionador, o que é sim muito legal, mas estou ressabiado com esse mundo não-transparente.

Surpreso até fico, mas não sei se isso é real ou se estou condicionado a parecer que me surpreendo com as reviravoltas da vida. Que o que é, pode não ser ou nunca ter sido. Que o que tenho, nunca foi meu e sequer existiu. São coisas da vida e eu me olho e não sei se vou ou se fico.

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