Você não precisa fingir, esforçar-se para ser o que não é ou cobrar uma performance acima da média. Tanta cobrança pelo perfeccionismo acabará por paralisar a sua vida tirando a graça dos tropeços, aquelas histórias que depois de algum tempo nos fazem rir de nós mesmos… Como éramos bobos, inocentes e inexperientes… Pois é, normal, a vida segue com novos desafios e pontos a serem constantemente desenvolvidos.
Saber que ela, a vida, não é um teatro e que o mundo não é um palco onde você precisa ser o protagonista de todas as histórias das quais participa é um grande ato… Daqueles de ser aplaudido de pé! Nem sempre falar mais significa estar por cima. O silêncio e agir nos bastidores têm o seu valor! Aprenda a hora de se posicionar e de se calar, de se mostrar por inteiro e também de sair dos holofotes. Permita que os outros também tenham seus momentos de glória e que sejam ovacionados. Não poupe as palmas que são merecidas, vamos lá!
É por isso que acredito que aquela história de ser o melhor de nós mesmos é bastante relativo e falho. Sem críticas aqui ao modo como muitos levam a vida, mas no meu ponto de vista, tamanha preocupação por uma versão super legal, muito amada, linda de viver, riquíssima de atributos, mostra no fundo uma profunda limitação.
É preciso ter consciência do que realmente está em jogo, que definir uma meta final, o melhor de você, é determinar tudo o que você ainda pode ser. O limite não é intransponível e somos todos muito melhores do que achamos ser, com uma infinitude de oportunidades diárias de aperfeiçoamento, crescimento e, desculpem-me a repetição da palavra, melhorias. Entender-se nos erros é sinal de grandeza.