Tantos eus quantos necessários para preencher esta teia de possibilidades construída no vai e vem da necessidade e do desinteresse. Eu descartável. Tantos de mim para dar conta de ser quem penso, quem gostaria e quem jamais serei. Eu esquizofrênico. Tantos em mim para sentir realizado, satisfeito, em paz e com a sensação de missão cumprida. Eu egoísta. Tantos por mim suprindo seus desejos, suas frustrações, seus sonhos. Eu idealizado. Tantos comigo lutando para ver e serem vistos, sem contudo enxergar o óbvio ululante, que ninguém percebe a si mesmo. Eu sozinho. Eu, eu, eu… Tão meu que se fôssemos dois brigaríamos. De tapa, soco, ofensas. Sem ser seu, sem ser meu, acabaria não sendo de ninguém. Entenderia tarde demais que o verdadeiro sentimento começa e termina em nós mesmos – o “eu” comigo – para só depois conseguir ir além. Eu e o meu sentimento de mundo, vários meus no mundo:
– Facebook: /dougfreitas
– Instagram: @douglasfreitas
– Twitter: @douglasfreitas
– Snapchat: dpfreitas
– LinkedIn: in/douglasfreitas