– Day McCarthy é, no momento, a personificação do discurso pautado em ódio e ofensas gratuitas praticado comumente nas redes sociais. Nada inédito e não está sozinha, infelizmente.
– De olho na exposição e alcance que tem ao revelar-se de forma tão crua na frente das câmeras, ataca, xinga e escancara ao mundo um lado preconceituoso e sem a menor empatia ou apreço pela pluralidade.
– O objetivo parece ser o contador de seguidores, a polêmica que é um chamariz, e não a qualidade do que produz, o impacto que gera e a responsabilidade para com o entorno. Isso te lembra algo ou alguém?
– Vale questionarmos o que é “sucesso” e empreitadas bem sucedidas em terrenos fluídos como são as redes sociais. Quais são os limites, os parâmetros e as métricas plausíveis, que não apenas a capacidade de reunir um levante de milhares de idiotas úteis ao eco da imbecilização?
– Como uma anônima em busca a qualquer preço pelos 15 minutos de fama, rica (?) sem a mínima educação, extremamente deselegante e grosseira, toma para si um espaço merecido em páginas policiais (por prostituição, injúria e racismo) além de textões como este. Resta encontrarmos uma forma de discutir questões como essa sem corroborar para a propagação do discurso alimentando perfis doentios adormecidos.
– Day define a si própria como socialite, um termo tão vazio de significados que, a bem da verdade, acaba por parecer feito sob medida para ela. Oca. A propósito, interessante observar como a falta de argumento, de profundidade e de conteúdo vêm disfarçadas em discursos agressivos, gritos, insultos e ofensas.
– Por fim, observo a extrema hipocrisia diante a história de vida que tem, o narcisismo distópico de quem fala da beleza dos outros ao mesmo tempo em que se submete a procedimentos estéticos que desconfiguraram o próprio rosto, além do aparente esboço de mitomania, essa capacidade de mentir patologicamente sobre tudo sem ver nisso um problema. Só que é, e dos grandes!