“O que faz você feliz?” é tema de campanha publicitária, slogan de supermercado cuja resposta, talvez, descubram ser a pedra filosofal da existência. Nesta correria desenfreada por dinheiro, sucesso e poder parecemos cada vez mais distantes da verdadeira plenitude… Como isso é angustiante!
É como se precisássemos a todo instante provar quem somos e que nossa vida é legal à beça. Aqui para nós, só de ter essa preocupação em justificar-se já mostra uma falta de sintonia e paz interior. Associamos facilmente a felicidade com ter, gastar, comprar e acumular. E não adianta repetirem o mantra de que felicidade não se compra… Preferimos acreditar que com dinheiro tudo – absolutamente tudo – se ajeita.
Correndo pela beirada estão aqueles seres evoluídos (gurus pós-modernos) que entenderam que uma vida simples, sem luxos e posses, é capaz de promover uma satisfação incomparável. Que não tem problema nenhum em entender-se vivendo exclusivamente para a busca da felicidade, sem ambições maiores do que a realização pessoal, um belo de um sorriso estampado no rosto e uma vida circundada por amor. Abraços afetuosos, reciprocidade de boas ações, pequenas demonstrações de que somos bem quistos e aquele calor bom que nasce lá dentro e é capaz de contagiar o entorno.
É essa a premissa de “Minimalism” outro excelente documentário escondido no catálogo do Netflix. Acompanhar pessoas que perceberam-se infelizes, diante de uma eloquente ganância, percorrerem um caminho mais frugal desafia os conceitos aos quais somos expostos todos os dias.
Casa, carro, roupas de marca, gadgets e toda a infinidade de coisas que tentam nos vender como indispensáveis, podem ser o subterfúgio encontrado para levar uma vida frustrante. Será que não dá mesmo para receber, comprar, ostentar menos e se sentir realizado?
Talvez tenha um certo sentido em considerar que quanto mais ganhamos, quanto mais coisas compramos, criamos e potencializamos preocupações que sequer desconfiávamos existir. Ou como diz aquela máxima fácil de repetir, mas bem difícil de colocar em prática, talvez menos seja realmente mais.
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