O coração bate, o sangue pulsa e a temperatura sobe e desce, se ajusta. Os músculos contraem, relaxam, retesam, amolecem e enrijecem. Você adormece, desperta, corre e para. É suor que brota da pele, lágrimas que escorrem dos olhos e um monte de impureza expelida num processo inteligente de aproveitamento que é sobrevivência. Deu merda, sempre dará. Qual a dúvida?
Quem não se molda, apanha; se não aperta o passo, fica pra trás; se não vê além da curva, está perigosamente suscetível a monstros inimagináveis. É o baque de ver o que não quer, de não conseguir frear o curso dos fatos percebendo-se pequeno diante da história. É tanta luta contra “golpe”, que o nocaute acerta em cheio. São tantos discursos apropriados, várias regras e bandeiras, que impedem simpatia e só geram antipatia.
São dreads e turbantes, é a leitura diagonal de um jornal que não revela escapismos, é a chatice de um amigo que não vira o disco nos posts que faz na rede social, são os crimes antigos e novos que te fazem sair de si, mas sem a pretensão de alcançar o outro. Entre o mundo interno e o externo pairam almas confusas, agoniadas e pouco confortáveis com a simplicidade da vida.
Ambos os mundos sufocam, pressionam e exigem algo que sabe-se lá o que é. Você adormece, desperta, corre e para nesse faz de conta que se torna viver encontrando refúgio e também válvula de escape no ‘ONLINE’, espaço de seres profundamente perturbados e sem um entendimento muito claro do “para que” se doarem, se doerem tanto e por tão pouca coisa. É suor que brota da pele, lágrimas que escorrem dos olhos e um monte de impureza expelida num processo POUCO inteligente de aproveitamento que NÃO se chama sobrevivência. Era para ser debate, virou confusão e a “troca” não passa de uma ilusão que só afasta pessoas queridas. Deu merda e sempre dará. Qual a dúvida?