Temer vai à China flertar com chineses, suplicar para que se interessem por um plano acelerado de venda das riquezas nacionais pessimamente exploradas devido a incompetência e ineficiência de sua gestão. Mas suspeito que, por lá, as atenções estejam mesmo na Coreia do Norte. Eles, os norte-coreanos, que com um novo míssil atingem o mar japonês fazendo soar um alarme de atenção, apreensão e medo.
É o flerte com o terror, ameaça que é uma demonstração de força e audácia contra o Japão e os Estados Unidos que, obviamente, se mostram mais do que dispostos a revidar (“todas as opções estão sobre a mesa”), mas por ora com todos os esforços nas vítimas do Harvey, em todo aquele mundaréu de água que inunda cidades inteiras do Texas contabilizando bilhões de prejuízos e milhares de vítimas. É Trump em mais um teste de liderança, Temer e Kim Jong-un também. Consegue-se assim, forçando um pouco os elos de ligação, a proeza de juntar o pior de três mundos dentro de um mesmo contexto.
Mas voltemos ao Temer. Na China. Com chineses (e defendendo ainda uma recuperação à brasileira na cúpula dos Brics… Ou pedindo clemência… Ou buscando alguma agenda positiva para sua política patética… Vai entender!). O B da questão, nosso Brasil, é deixado por uma semana nas mãos de Rodrigo Maia enquanto o malfadado Congresso está com Fufuca, de 28 anos. A política nacional segue assim o drama arrastado da não-representatividade. Ficamos com Maia e Fufuca enquanto a “Temer Tur” atravessa o mundo de dedos cruzados para que não voltem com uma mão na frente e outra atrás, protagonistas de um já costumeiro vexame internacional. Troca-se nome de chefes de estado, de países, de cidades, e mostra assim a cara de uma comitiva perdida em si mesmo. É o bonde do erro negociando (com aquela peculiar falta de transparência) os interesses nacionais.