Eu prefiro o silêncio do que a zombaria, o respeito ao ataque gratuito. Eu me emudeço por não ter o que dizer e me distancio para dar o espaço necessário ao luto, à dor que dilacera e que só quem já experimentou um dia é capaz de entender.
Eu me afasto da acusação e defendo a compaixão. Eu esqueço a ira, a raiva e me apoio no amor, aquele que todos têm pela vida, e no zelo que nós sentimos por quem dividimos momentos especiais. Eu me silencio, solidarizo e envio meus sentimentos mais sinceros para quem perde uma mãe, sua companheira, a grande amiga ou mera conhecida. Quem viu aquela “dona” fazendo o último trajeto da vida, ainda consciente e com esperança dentro de um hospital.
Eu me sinto próximo daquilo que imagino ser o certo… De uma humanidade alicerçada no pensamento positivo e no desejo de que a mesma rota que impõe a perda, nos mostre como superá-la. Força, pêsame ou sentimento é pouco, mas suficiente para uma hora como essa. O resto que espere.