Que caminho posso trilhar, se não o de tentativas recorrentes para melhorar a máquina, aperfeiçoar modus operandi e entregar uma versão menos complicada e mais fácil de lidar de mim mesmo?
O tempo está passando, a consciência do espaço que ocupo aumenta todos os dias, bem como a noção exata do impacto que tem os momentos de atitude e aqueles outros de covardia.
Chega sem aviso. A consequência é presente ou penitência, algo do que se orgulhar ou o motivo de uma vergonha profunda capaz de consumir mais um tempo precioso, cada vez mais escasso e retirado de nós sem pausas, zero paciência.
Deu, não deu. Foi, não foi. Entregou, não entregou. Aconteceu, não aconteceu. Terminou, não terminou. Perdeu, não perdeu. Ganhou, não ganhou… A jornada segue e oportunidades ficam no caminho amarradas à preguiça, na incompetência ou falta de vontade. Sonhos restritos a planos não concretizados, povoando o campo das ideias enquanto um bonde de chances atravessa diante de olhos letárgicos e pouco audaciosos.
Gosto de saber que o "não" eu já tenho. Que, quem sabe, eu possa contrariar a ordem das coisas e fazer diferente… Esforço que dá certo, empenho que vale à pena e a descoberta de que o "sim" também me pertence. Missão dada e missão cumprida com fé e esperança na frase de Goethe, que quando eu me desperto para um grande sonho e lanço sobre ele toda a força da minha alma, o universo conspira ao meu favor.