“Sabe-se lá que reações pode ter um animal que está encurralado… Acaba sobrando para todo mundo”, afirmou uma fonte ouvida pelo O Globo num longínquo julho de 2016 quando os nossos holofotes estavam sobre a renúncia de Eduardo Cunha, e o que poderia surgir a partir dela.
De volta ao presente, entrevista de um Lula agora condenado, ainda mais encurralado, a José Trajano, Juca Kfouri e Antero Greco (Na Sala do Zé, veja aqui). É o ambiente propício, ideal, para que uma longa conversa entre compadres se estabeleça, daquelas que talvez coubesse bem em uma mesa de bar, mas que devidamente registrada parece mais um contra-ataque desmedido e inconsequente do que algo que acrescente aos autos. É palanque com ataques incompreensíveis que só mesmo avaliando sob a luz daquela frase, do animal encurralado, poderíamos entender.
Qual a lógica de acusar o PSOL de “frescura” e deixar subentendido que os partidários da legenda só mantêm certas posições por nunca terem estado à frente de uma grande cidade como o Rio de Janeiro? Que defesa é essa atacando prováveis aliados? Ajudando a ampliar as fendas e as diferenças da esquerda nacional sendo estes justamente um dos poucos que ainda compram o discurso de inocência, golpe, perseguição?
O toma lá da cá veio em um post magoado (com toda a razão) feito pelo Deputado Chico Alencar em que diz que “Lula perdeu a oportunidade de fazer autocrítica e respeitar forças que não lhes são servis. Parece que ser governo é fazer alianças sem princípios” acompanhada de uma imagem com as 13 #Frescuras do PSOL, numa reedição política tupiniquim dos “13 porquês” (“13 reasons why”). É reação ao bullying, ao ataque infantil e desnecessário, parte de um suicídio político vindo de um ex-presidente que dizia conhecer o jogo.
Lula perdeu a oportunidade de fazer autocrítica e respeitar forças q ñ lhes são servis. Parece q ser governo é fazer alianças s/ princípios. pic.twitter.com/p5Xh15FETa
— Chico Alencar (@depChicoAlencar) 20 de julho de 2017