Sobraram espaços antes ocupados por mãos que se entrelaçavam, braços que agarravam e beijos que selavam algo intangível, porém forte o suficiente para sabermos verdadeiro.
Faltou contato, sentir o outro, dar e receber afago, forçar-se no tato nestes tempos de esfriamento consentido, negligenciado e terrivelmente carente de melhores perspectivas. A verdade é ninguém está preparado para invernos longos demais, ainda mais em um país tropical como o nosso.
Gostamos mesmo é do calor, do amor, do torpor, da vontade de estar e de ser parte de alguma coisa. É camaradagem, comichão no peito, pensamento desobediente e a capacidade de sair do script, de romper com o círculo vicioso de odiar e ser odiado.
Porque quando falarmos de nós, quando descrevermos quem somos, temos de continuar acreditando que o melhor do Brasil são os brasileiros. Não dá pra ninguém perder isso de vista.