No caminho de volta tem uma pedra e ela se chama saudade. É dura demais, bate, machuca e abre um buraco onde cabem lugares, pessoas, experiências e sensações.
É no caminho em que volto, com todas as idas e vindas desta vida, que percebo como a visão do que vem pela frente e daquela que alcanço com o retrovisor podem ser diferentes. Passou! A distância ajusta o foco daquilo que importa.
Volta que se dá em curvas, a passos lentos que retardam o fim ou que tantas vezes correm para o esquecimento. Subindo ou descendo ladeiras da consciência. A noção da falta, a presença da ausência. Voltas em si de redescobrimento, mais forte ou fraco, aberto e talvez fechado, mais próximo ou longe de quem é e poderia ser.
É voltar com saudade num caminho sem volta.