A graça, o sorriso que vem sem controle e domina a mente, o corpo e sai sem pudores. Caprichosa, não obedece ao desejo e vira logo uma crise de riso daquelas, que não obedece hierarquias, que não respeita lugares e é capaz de arrancar lágrimas, deixar sem ar ou com uma dor nos maxilares.
Rir é um estado de arte, uma das melhores reações involuntárias que produzimos e a comprovação de como somos felizes, bobos e até um pouco cruéis. Rir é verbo coletivo, ainda que sorria sozinho lembrando de algo que viveu, viu ou soube, e mesmo que saiba rir de si mesmo.
A risada quebra o clima, a sisudez, a ranzinzice. Cria empatia, enfraquece brigas e discussões, e é capaz de conectar estranhos que nunca trocaram uma única palavra. Envolve a todos no mesmo embalo, com uma só vibração e em pequenas explosões de felicidade… Arrebatadoras convulsões de alegria e pertencimento!
É remédio e lava a alma. A energia que sai daí e que reverbera aqui, para fazer eco em outros tantos corpos e nos quatro cantos de uma sala até ganhar o universo. Não à toa que as crianças sejam as maiores mantenedoras deste verdadeiro ativo da evolução humana… Elas sabem que nada vale tanto quanto o prazer desmedido e a felicidade a qualquer custo (e em qualquer hora!). E é uma pena pensar que, na correria dos dias e no estresse ao qual submetemos as nossas relações, possamos atravessar a jornada da vida desaprendendo que dá sim para sentir-se descontroladamente feliz aqui, agora e sem gastar um único centavo.
e tente não rir com isso 😀