O deboche de Silvio Santos – aquele que não só topa, como faz tudo por dinheiro – diante a ameaça (que veio a se concretizar no dia 23/10) da destruição do sonho de Zé Celso e turma do Teatro Oficina em ter um espaço público, um amplo parque com tendas para shows e apresentações circenses (e não empreendimentos, torres, “mall” para “retail”, o tal “asset” nas palavras de João Doria também presente com o sorriso sarcástico de sempre no rosto) é um registro que merece ser compartilhado.
Que pequenez pensar que um dos comunicadores mais admirados do país, um empresário com tamanha visão e alcance com as massas, se mostre também um boçal egocêntrico, insensível, capaz de ridicularizar alguém que o cumprimenta dizendo ser um admirador. E que triste ver que uma das piores referências da cidade, a cracolândia, venha como argumento de ameaça tragicômica.
Sonhos, amigos, é utopia de gigantes de coração lutando contra a força implacável do capital.