Já que não concorda comigo, você é um chato, está expulso, vou fechar a espelunca, chamar a polícia, ordenar o despejo, lacrar as portas e, se ousar retrucar, ainda quebrar a sua cara.
A Cultura da truculência, do “sou legal, desde que não contrariado“. Já deu, passar bem. Tempo é dinheiro na gestão eficiente, que corta, encerra, fecha para mostrar quem é que manda por aqui. A arte amarrada na verba, no poder, de quem só vê números. Acabou a mamata, não negocio, belém belém, nunca mais fico de bem.
A ocupação de um edifício abandonado transformado em casa de cultura pelo público-invasor, a transgressão. O espaço público que deixa de ser público e é invasão. Um pesadelo! O Sturm que antes fosse estrume com um papel claro e fundamental para a fertilização de solos áridos, esse que resiste bravamente em nossas periferias.
Maldita Cultura atrelada a um poder tão avarento e pouco sensível, que acredita na força do braço, e não na que nasce da arte. Finalizo com Tático, “pouco se consegue com a força, se essa vem seguida da injustiça“. Vida longa à Casa de Cultura Ermelino Matarazzo!