Um museu abandonado, um prédio invadido, um hospital sem suprimentos, uma escola onde não se aprende o que deveria, uma delegacia caindo aos pedaços, o presídio superlotado.
A vida, a história, a dignidade. O passado, o presente e o futuro. Nada por tão pouco, no lugar onde tudo é efêmero. Sem elos e perspectivas… O fogo que queima, o prédio que cai, a vida que se perde. Estamos abandonados a toda má sorte deste “estar vivo”, sobreviver, que exige manutenção constante.
A negligência consentida. E como é sentida… Por um tão pouco que poderia ser evitado, por correr sempre atrás do rabo, por querer remediar o que não tem mais volta. É o choro da inconsequência e do desmazelo. De quem vê a história passar e se desmanchar diante dos próprios olhos e com uma velha conhecida letargia.