Nos últimos meses atravessei momentos diferentes dentro do Facebook. Fui da perplexidade, passei à raiva, lidei com o meu ódio, com a decepção e com a frutração. Fiquei descrente até que enfim chegasse aqui… Na indiferença.
Tanto faz você e seus extremismos, sua visão cega e egoísta da vida, seu jeito peculiar de dizer que se importa, mas que na hora de colocar na balança pondera pelo imponderável.
Sim, porque estamos discutindo o que sequer devia entrar em pauta fôssemos minimamente civilizados, evoluídos ou modernos como costumamos dizer. Retroceder não é a solução para uma sociedade tão complexa como a nossa neste mundo que é só inovação e quebra diária de barreiras. Progresso é substantivo futuro, e você aí aplaudindo quem promete trabalhar por um Brasil de cinquenta anos atrás.
Diante o meu estado de espírito e pela minha paz interior, tomo a decisão de ser cada vez menos parte daquela rede social que ama odiar e que interage com o veneno como se fosse mesmo possível manter-se inocente e à salvo de uma teia de intrigas que, veja bem, não é boa pra ninguém.
Ainda que democracia se construa sob pontos e contrapontos com extremos puxando a corda para que a sociedade estabeleça os seus próprios limites, criando inegociáveis (ainda que temporários) e redefinindo conceitos, chegamos a um estágio em que faltam bons argumentos onde sobra boataria. E o custo de participar desta guerra narrativa 24 horas por dia, sete dias por semana, ano após ano, é enorme e desgastante!
Entendi que, definitivamente, não me faz bem ter uma pedra de gelo cravada no peito e que, talvez, só o silêncio e a distância me façam voltar a acreditar numa rede verdadeiramente SOCIAL. Por ora, até qualquer hora, “Fakebook”.