34 anos

Não dá para passar ileso a um aniversário. A gente fica mais velho, experiente, maduro num processo sem volta, e a verdadeira sabedoria é entender que não adianta resistir. Aceitar que o relógio corre para frente, que rugas nascerão e se intensificarão, que o que antes era perspectiva será realidade, fato, constatação num amanhã que chega cada vez mais rápido.

Tenho aprendido que histórias construídas em existências que não dramatizam fracassos ou adornam vitórias são mais fáceis e prazerosas. Somos todos um somatório sem fim – e bastante complexo! – de coisas boas e outras tantas ruins, que moldam, esculpem, demolem, reconstroem e reorganizam estruturas que jurávamos eternas. E como as coisas mudam! Acreditamos de verdade que era para sempre, que éramos eternos, que estávamos certo, que detínhamos a razão… Mas não! Um outro dia, mais um aniversário, um novo momento. Não se trata somente da idade.

Envelhecer não é fácil, mas também não precisa ser difícil. Dá para encontrar aquele meio termo, habitar a zona cinzenta de ficar em cima do muro, entre lá e meio cá, ora feliz pela experiência adquirida ora triste pelo tempo perdido. E o mais importante: satisfeito por ter vivido o que tinha para viver, com a imaginação do que poderia ter sido e, principalmente, com os sonhos que ajustarão a bússola da felicidade rumo ao que virá.

Eu celebro meus 34 anos como comemorei todos os outros: na medida do que esse ano foi em minha vida, de tudo que vivi até aqui e com os desejos, sentimentos e novos eus, que estão amadurecendo aqui dentro e que em breve ganharão o mundo. E como nada se faz sozinho, ter você como parceiro nesta jornada é um prêmio. Obrigado de verdade por tudo!

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