Futebol não é responsável pela mudança, mas ajuda no processo

É uma coisa inexplicável o que um esporte, e aqui no Brasil em especial o futebol, é capaz de fazer pelo humor das pessoas. Para o bem e para o mal.

E que bom que hoje tenha sido para o bem. Poder sorrir em meio a uma crise de valores sem precedentes tem uma importância narrativa que vai além dos dois a zero, do gol desencantado do Neymar depois dos quarenta e cinco do segundo tempo, do peixinho desengonçado do Tite, do choro incontido da estrela que amamos perseguir com memes nas redes sociais.

Isso não mudará a situação política do país, a animosidade com que temos nos tratado, as perspectivas pouco favoráveis das eleições que se aproximam ou da economia, o preço da gasolina, o peso das reformas e mais tudo aquilo que vem como um sete a um da vida real, em desvantagem óbvia do povo que sofre por carregar o luxo de alguns gatos pingados.

Mas é importante que saibamos reconhecer o lado bom da vida para que percebamos que ele é muito melhor e prazeroso do que o cultivo do ódio, das desavenças, da descrença.

Talvez tenhamos jeito… Nem que seja lá no finzinho do segundo tempo e vindo de estrelas criticadas que certamente estão entre nós.

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