Berro à brasileira

Depois da Dengue, da Zyka, do Chykungunya, do terrorismo, das condições dos apartamentos na Vila Olímpica, da poluição na Baía de Guanabara, vejam só: temos jogos dentro de uma normalidade espantosa (inclusive com erros repetidos de outras cidades sede e velhos problemas da Cidade Maravilhosa), mas sem grandes fiascos.

Na falta de algo realmente ruim para alardear cliques em manchetes sensacionalistas e aumentar o tráfego aos portais de notícias que cobrem o evento, haja criatividade dos pessimistas, cada vez mais interessados no debate de questões completamente subjetivas, como o paladar carioca e o comportamento de nossa torcida.

Não adiantou o Presidente do COI cantar a bola de que teríamos jogos à brasileira. Como estranhar a ausência dos mosquitos (aqueles que sabidamente não são muito chegados ao inverno), de lobos solitários e de indisposições gástricas, intestinais  ou manchas avermelhadas (socorro, micose!!!)  na pele por conta da qualidade de nossas águas? Como lidar com o fracasso das previsões que daria tudo errado? Apelando, obviamente, sem qualquer “espírito olímpico” dentro das redações.

Falar da torcida – de como ela vibra, vaia, xinga, grita e torce contra – é só mais um coro/”mimimi” dos que não aceitam que o mundo é mais vasto e plural que um comportamento europeizado. Pode gritar sim, torcedor brasileiro!  Pode ser exatamente como você é, sem a necessidade de copiar modelos pré-definidos, impostos em críticas sem qualquer respeito e conhecimento da identidade cultural do país onde se está pisando, que a trancos e barrancos se esforçou para dar o melhor e suportar o momento a que todos estão vivendo.

O espírito olímpico, mais do que silenciar uma audiência , deve ser praticado dentro dos campos, quadras, ginásios e pistas PELOS ATLETAS.  Os incomodados que se adaptem ao nosso jeito e saibam entrar no samba seja com tampão de ouvido/ protetor auricular, meditação profunda ou ainda convocando a presença de uma torcida a seu favor… Melhor: saibam conquistar e ganhar o nosso respeito, incentivo e admiração, pois apesar de pouco acostumados a essa vastidão de estilos e modalidades, sabemos como ninguém chegar ao coração de quem nos quer bem. Tem clichê melhor do que esse?

E antes que digam que não avisei: SE RECLAMAREM TERÁ VUVUZELA, TAMBOR, APITO… Um viva ao mundo passional e vibrante que existe abaixo dos trópicos, este que orgulhosamente estamos apresentando ao mundo!

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