Do Arco da Velha

Foi-se o mundo povoado por pessoas supimpas e outros tantos palermas, babacas, panacas. Tinha também os bobocas numa variação fonética que era mais brincadeira do que insulto. Pelo menos parecia.

Crianças eram serelepes; loucos, lelés da cuca; políticos e mais alguns, 171. Se não valiam um centavo, eram uns crápulas. Se a gatinha ou gatinho eram brotinhos, xuxu beleza. E se era um pão, puts grilla.. Marotos e biscates saiam em vantagem, enquanto bocós, paspalhos, pamonhas e barangas ficavam a ver navios.  Chamar de “meu tesouro” era federal, bom pra cachorro, mandou ver. Caracolas, caramba, quem se lembra disso?

Chuchu beleza era joia, mas já foi… O que era chocante agora é assustador! Com o progresso veio uma maldade disseminada e sem limites. Haters mais bullying praticados por filhos de uma revolução que fechou casulos quando prometia expandir círculos. Foi-se a inocência levando ao desuso uma pureza gratuita.  No pó da rabiola matando cachorro a grito, amigos da onça. A batata está assando.

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