Falta do que fazer

Olá, tudo bem? Como assim o que eu quero dizer com isso? É só uma pergunta. Não, não estou querendo dizer nada além disso. Você que gosta de criar coisas onde não existem. Eu tenho educação, porra. Para com isso… Quem está me irritando agora é você com essa mania de problematizar a vida. Já disse que não tem mensagem subliminar. O quê? O tom da minha voz? O que… tem… o tom… da minha voz? Ironia?! Isso só pode ser um teste, que merda. Vou repetir, está bem? VOCÊ ESTÁ BEM? Estou falando normalmente, esse é o meu tom de voz. É assim que eu falo. EU-FALO-ASSIM. SEMPRE-FALEI-ASSIM. Cala a boca, você não me conhece. Quer saber? Vai se foder! Entendeu? VAI-SE-FODER.

Demoramos a entender que tudo que vai, volta. Que uma provocação, aquela alfinetada de lado, gera uma reação quase sempre difícil de prever. Lados que não se entendem, que não falam a mesma língua, que escolhem conscientemente o entrave, a batalha.

Geralmente tudo começa numa mensagem truncada, que leva a uma interpretação deturpada e respostas atravessadas. A armadilha do ataque como melhor defesa, degrau a degrau até que tenhamos chegado longe demais para retroceder.

Esquecemos rapidamente do porquê de estarmos naquilo e continuamos atacando uns aos outros sem ponderações. Perdemos o fio da meada e os argumentos se esgotam na busca por insultos complicados de repetir. É a última cartada: faca nos dentes, sangue nos olhos, metralhadora de palavras. Insulto, bullying, palavrões.  Você manda “se foder” e eu respondo que só se for com você. No fim acaba tudo sendo falta disso, daquilo… Ei, você, vai procurar o que fazer.

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