Bate e rebate, a ação que gera a reação ou como bem sintetizou Meryl Streep quando recebeu o Globo de Ouro, “a falta de respeito incita a mais falta de respeito. A violência, a mais violência” ou ainda Obama num tuíte inspirador citando Mandela, “as pessoas aprendem a odiar, e se elas aprendem a odiar, elas podem ser ensinadas a amar“.
Pensar melhor sobre o que vamos falar, reler o que acabamos de escrever, avaliar as múltiplas interpretações que o que sai pode gerar (e a partir disso ponderar se vale mesmo a pena seguir em frente) e tentar entender o que em nós chega sem se perder em verdades pré-estabelecidas, mostra profunda sabedoria. Mas como é custoso isso…
Geralmente adquirida com a idade, quando tínhamos tempo de sobra para errar, perder, machucar e só então aprender alguma coisa, a maturidade tem cada vez mais sido exigida precocemente. Nunca erramos, perdemos e nos machucamos tanto… E a impressão é que pela velocidade das coisas, com a intensidade como tudo chega, com o volume cada vez mais difícil de suportar em ombros ainda não-adaptados ao peso deste mundo moderno, não aprendemos nada! Acabamos, invariavelmente, errando nas mesmas coisas; repetidas vezes isso e de forma traumática.
Da mesma forma como desrespeito e atitudes violentas são replicadas, o amor, a tolerância, a paciência e o respeito também são. O exercício não começa no choro por uma sociedade perdida, por essa geração sem vida ou governantes desalmados, mas exatamente na valorização daquilo que temos de melhor e que pode ir (e voltar !) a partir de cada um de nós.
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O bumerangue funciona de forma muito simples, porém não tão fácil: onde houver ódio, que você leve o amor. Onde houver ofensa, que você leve o perdão. Onde houver discórdia, que você leve a união. Onde houver dúvida, que você leve a fé. Onde houver erro, que você leve a verdade. Onde houver desespero, que você leve a esperança. Onde houver tristeza, que você leve a alegria. Onde houver trevas, que você leve a luz. E que todos nós busquemos mais consolar, do que ser consolado; compreender, do que ser compreendido; amar, que ser amado. É dando que se recebe e é perdoando que se é perdoado.