Covardia

Salve a punheta, a bronha, o cinco a um. Deixe que agitem o Toddynho a vontade, que aliviem as mágoas, descasquem a banana. Que liberem toda a energia contida, reprimida ou excedida tocando, socando, batendo, debulhando, dando um tapa…  No palhaço, na mandioca, siririca e castanhola!

Empine a pipa, erga uma construção, conduza o carrinho-de-mão e extraia o sulco, o néctar o humano, pelo prazer de fazer uma homenagem, a justiça com as próprias mãos ou simplesmente amor consigo mesmo. Amor nunca é demais, gozar também não!

Medite sobre a temperatura, morra na mão para reviver-se em puro alívio, descompressão, novo, nova em folha e pronto, pronta pra outra. Utilize a fauna e flora ludicamente… Ordenhe a cobra, massageie o golfinho, dê milho aos pombos, tire veneno da naja e tropece no tigre. Suje o carpete, salpique a parede e pinte o azulejo.

Pode parecer sem-vergonhice, mas é puro autoconhecimento, liberdade, redescobrimento e prazer. Coisa de gente que sabe o que quer, aquilo que precisa e que vai em frente. Um ato de coragem, desbravador, um presente a nós mesmos. Façamos então o nosso levante contra o deputado Marcelo Aguiar, que propõe vetar “conteúdos de sexo virtual, prostituição e sites pornográficos” interferindo diretamente na gloriosa dos outros. Afiem o lápis, assinem o nome, masturbem e ejaculem como nunca antes na história deste país. Convenhamos… Se já está ruim com o povo gozando, imagina sem? Eu, hein…

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