Um idiota na presidência

“É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida”. A frase de Maurice Switzer não foi escrita para Bolsonaro, mas cai como uma luva.

Um presidente não tem de escolher entre “salvar” vidas ou a economia de um país. Teremos prejuízos nesses dois campos, e isso é um fato. Jamais histeria! Um presidente tem que fazer isso e aquilo porque foi escolhido para tal. Tem que buscar, incansavelmente, TODAS as medidas que forem necessárias para reduzir as mortes enquanto adota ações para salvaguardar empresas, empregos.

Isso NÃO passa por cortar salários de trabalhadores por quatro meses. Isso não SIGNIFICA estimular pessoas a se exporem, deliberadamente, ao contágio a um vírus por não serem do grupo de risco. Isso NÃO requer espalhar mentiras, uma cura que ainda não existe, e, definitivamente, NÃO é negligenciar as milhares de mortes que assombram todo o mundo e faz países com economias maiores, e também menores que a nossa, se recolherem.

Sei que estamos sequelados com a crise que acabamos de atravessar e que faríamos de tudo para não viver aqueles anos de retração novamente, mas daí a negar a ciência, a ligar o foda-se para o drama de quem já sofre em hospitais ou aqueles que, diariamente, perdem alguém, faz de quem pensa assim um completo idiota.

E como última pá de cal no bom senso e amor ao próximo, tem gente – idiota, óbvio – dizendo que todas estas mortes que teremos em função do Covid-19 serão um “tipo de reforma da previdência” que possibilitará ao governo economizar. É como se você que me lê, com seus mais de 60 anos ou com sua doença crônica sob controle, não fosse tão produtivo e parte da economia nacional como os demais.  Que idiotice!

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