Não é que ela seja frígida, imagina! Essa característica é justamente oposta ao que julga ser o seu pior problema, defeito que teme ter de levar até o último dia de vida. Achou que poderia ser só uma fase, a descoberta do desejo, mas aquilo atravessou a adolescência e ganhou a fase adulta com ainda Leia mais sobreFrígida da Porta para Fora[…]
Ela levanta da cama como sempre: irritada. Queria dormir mais! Maldição por não ser rica; porra de emprego que paga mal; droga de cidade caótica que faz tudo parecer ainda mais difícil. Da sua boca sai cada nome que até Deus duvida… E de tanto gritar, perde a voz. Primeiro por um dia, depois durante uma Leia mais sobreew çjdscIENNKA, wskawqcemq3pw~2032jeXA[…]
Os dedos se entrelaçam e você segura o sorriso que quer abrir no canto dos lábios. Não pode dar tanto na cara, embora desconfie que ele já percebeu o suor excessivo de suas mãos, na respiração sem ritmo que faz com que suas palavras saiam atropeladas, impensadas, e que fazem você se arrepender no segundo seguinte pelo que disse. Leia mais sobreAmor Sem Título[…]
Eu te amo. Quando? Hoje, agora. E ontem e amanhã? Estão longe demais. Então aceito, mesmo amando-te desde sempre. Mas eu te amo, boba. Como?! Com os meus muitos defeitos. Não parecem grande coisa. É que eles carregam as virtudes de um cara complicado. É arriscado… E daí?! eu te amo, poxa. Onde? Aqui embaixo aquecido por cobertores. Parece pouco Leia mais sobreUm dia de Namorados[…]
Conto livremente inspirado na notícia “Boneca inflável ‘cai do céu’ e pescadores acreditam ser anjo, na Indonésia” publicado no dia 01/05 pelo site do Jornal Extra. xxx Pardin olhou para o céu e agradeceu por mais um dia, crente de que em tudo devia dar graças. Já estava ali em mar aberto há algum tempo e se preparava Leia mais sobreA Boneca-anjo de Pardin[…]
Ela pensou algumas vezes antes de falar. Ensaiou uma, duas vezes. Respirou fundo e tentando ser o mais sincera possível começou: – Amiga, sabe de uma coisa? – Hã… – Este ano não vou desejar que os seus sonhos se realizem. – Não?! – Não. Parece estranho, eu sei… – Parece maldade, isso sim. – Leia mais sobreEspalhe o Amor[…]
Um comportamento comum em nadadores quando vão atravessar distâncias em mar aberto é a crise do meio percurso. Entre braçadas contra a correnteza, muito esforço e respiração cadenciada, quando chegam na metade da distância traçada, é natural – e psicologicamente comprovado – serem tomados por um sentimento de realização, de dever cumprido. O êxito de quem se Leia mais sobreCrise da Meia Travessia[…]
Vai lá, para lá, porque aqui está difícil. Ele pergunta, você diz não. Pelo prazer de negar, pela preguiça de se movimentar e pela covardia em encarar que dá sim para sair da zona de conforto e fazer acontecer. Por ele, por você e pelo mundo em que vivem. O de vocês, aquele de quatro paredes… Leia mais sobreBrigas e Tentativas[…]
Faltava registrar por aqui. A arte, personagens e série, do meu amigo Gustavo Athayde. Publicação simultânea com Quadro-a-Quadro e Deu Mole eu Traço.
Ele sentiu que finalmente podia deixar o luto. Mas como, depois de tantos anos? Em casa é que não seria. Decidido, abriu o roupeiro e escolheu a melhor peça. O cheiro de naftalina do terno cinza que considerou apropriado logo deveria se atenuar. Na dúvida, duas borrifadas da água de colônia amadeirada nos pulsos, tão logo Leia mais sobreO homem da esquina[…]
Ela tinha tempo para tudo e, exatamente por isso, não descuidava um só segundo. Com um jeito particular de controlar suas atividades dentro das 24 horas do dia, não media esforços para estar em casa com quem tanto amava sem, contudo, deixar de cumprir suas obrigações profissionais lá do lado de fora. Sem que ninguém Leia mais sobreControladora do tempo[…]
A mãe observa o filho inquieto sacudindo as mãos e resmungando palavras desconexas como se pudesse se comunicar com elas, as pombas, que naturalmente não dão a mínima. Ele chuta o ar uma, duas, várias vezes até que cruza os braços frustrado. Fecha a cara, articula um bico imenso nos lábios e esboça uma reação, Leia mais sobreA lição dos pombos[…]
A calçada é fria. As vezes esquenta, mas só depois de muito tempo que a gente tá lá. A calçada também é dura, torta, no início ruim de deitar, mas não nos resta muita coisa. Quando se é vencido pelo cansaço, não tem buraco que incomode. Com barulho também se acostuma. Chega uma hora que Leia mais sobreMundo mendigo[…]
O jeito é colocar numa balança (mesmo que imaginária) o que de fato eu quero. Minha mente é fértil e vocês podem me chamar de louca, mas eu consigo ver perfeitamente, bem na minha frente, dois pratos enormes e equilibrados. De repente, em cima de um deles, surgem duas peças brilhantes e gelatinosas de 350 Leia mais sobreEstela e Abigail – Colocar ou tirar?[…]
Estou há trinta e dois minutos clicando freneticamente no “finalizar compra”. Quando parece que finalmente vai, aparece o aviso de que “a página da web não pode ser exibida”. Buc$@&! Xingo depois de mais uma tentativa e me espanto na mesma hora com o palavrão que acabei de pronunciar. Bu-ce-ta? Desde quando falo bu-ce-ta? Merda, Leia mais sobreCap. 01 – Estela e Abigail[…]