O vento agora é tempestade

Sabíamos que este dia chegaria. A queda era anunciada, o abandono esperado, a solidão na virada da esquina. Não há escapatória: em algum momento de nossas vidas, nem que seja naquele segundo antes de pegarmos no sono, todos caímos, somos deixados de lado ou nos pegamos sozinhos pensando no que fazer da vida. Sonhos e pesadelos surgem de dentro de nós sem que tenhamos controle dos fatos.

É estranho seres tão sociáveis enxergarem-se dentro de suas individualidades, presos no escuro da ignorância, à beira do abismo só esperando pelo dia que virá; deuses de um mundo próprio onde atitudes ficam, impregnam, mancham e alteram o curso das coisas.

É a hora em que se confrontam a intenção (boa ou má) e o ato em si (satisfatório ou não). É o momento em que se rema contra ou a favor da maré. Chegou o dia de surfar a boa onda, nadar de braçada ou ser engolido pela força do mar?

As vezes tudo sai como esperado, outras não. O tiro pode sair pela culatra ou ser pago com a mesma moeda. E encarar o próprio veneno, experimentar da maldade que existe dentro de cada um de nós, talvez seja a maior das punições que um indivíduo pode receber em vida.

Quem planta vento, colhe tempestade (http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/09/quem-planta-vento-colhe-tempestade-diz-renan-sobre-cunha.html); aqui se faz, aqui se paga (http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/09/cassado-cunha-deve-entrar-na-mira-do-juiz-federal-sergio-moro.html). Chegou a hora de finalmente encarar os seus demônios, Cunha, e experimentar do seu veneno. É mais do que merecido.

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