Pelo Cordão da Alma

Eu sou um daqueles filhos que ligam para a mãe todos os dias, diferentes horas do dia, as vezes apenas para dizer oi, como vai, bom dia, boa tarde, boa noite. Sou aquele que quando estou na casa dela, me recuso a ficar longe só para aproveitar ao máximo da companhia, que é ensinamento e genuíno amor em doses que transbordam.

Ela é aquela que me atende todos os dias, diferentes horas do dia, e responde ao oi, ao como vai, ao bom dia, boa tarde, boa noite, com uma atenção que ninguém jamais conseguirá reproduzir. Ela realmente se importa. É ela quem cede um espaço na sua cama, no seu colo, para que eu e meu irmão, nos aconcheguemos. É ela que nos aquece a alma com palavras que precisamos ouvir e que sobe o tom quando é necessário ajustar a rota; voltar aos trilhos.

Somos aqueles que lavamos as mãos uns dos outros, que nos entregamos por inteiro, que dividimos o fardo. Que expressamos todos os dias, incontáveis vezes ao dia, o amor, a saudade e a gratidão. Eu te amo, ai que saudade e muito obrigado. Nunca será demais e não cansaremos de ouvir. Caímos e nos forçamos a levantar. Celebramos as conquistas e lamentamos a distância tentando encurtá-la no Whatsapp, no Skype, no Facebook e por onde mais nossas vidas puderem caminhar juntas.

Somos nós que entendemos na vivência que não dá para separar o cordão que um dia foi físico e agora está na alma. Laços eternos que desenvolvemos com sensibilidade e dedicação. Eu estou nela e ela está mim. Desde o meu sempre e para todo o nosso sempre. Mais uma vez, mãe, eu te amo, ai que saudade e muito obrigado!

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