Prefeitão, Presidentão, Clarividência

Da série “Diálogos Cotidianos”, o papo abaixo aconteceu logo após a polêmica iniciativa do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que divulgou uma agenda de compromissos de outro político (especula-se que do governador Geraldo Alckmin) para provar como o historiador Marco Antônio Villa pratica um jornalismo tendencioso nas críticas que faz sem nunca deferir uma única crítica ao governo psdebista. A história rendeu posts tanto de Haddad quanto de Villa, réplicas e tréplicas animadas para quem gosta de uma boa baixaria troca de farpas.

Voltemos ao diálogo, que é o que realmente interessa aqui:

– Esse prefeitinho deveria trabalhar ao invés de passar trote no Villa…

“Inho versus “Villa”, diminutivo contra apelido carinhoso. A conversa obviamente estava enviesada e comprometida, como boa parte das acaloradas discussões atuais. Mas ele não conteve a desaprovação pelo que acabara de ouvir:

– “Fulano…” – disse o nome como se repreendesse uma criança mimada.

– Não acredito que você vai votar no PT… Vai me dizer que vai de Lula em 2018?

Sim, a conversa deu aquele salto de temas indo do “André” ao “Zé”, a velha confusão de alhos com bugalhos tão comum atualmente.

– Não, no Lula não. Eu pretendo votar no Haddad em 2018.

De novo um salto de assuntos. Pausa dramática, um até logo seco, fim de papo.

Prefeitão, presidentão. Quero MUITO acreditar que esse cenário seja possível. Sei que a aprovação dele não é lá grandes coisas, mas acho de verdade que o perfil do atual prefeito de São Paulo, seu olhar progressista, moderno e atualizado frente às grandes questões da sociedade, é EXATAMENTE aquilo que a gente precisa de um modo geral.

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