Brasil, Desordem e Regresso

Acompanhe diariamente a miséria nacional, a mazela de uma sociedade tropeçando na consciência do certo e do errado, a constatação de que falta muito ainda para vivermos num Brasil da ordem e do progresso, uma pátria realmente educadora, o tal país de todos.

É o reconhecimento (com direito a dancinha da vitória, veja abaixo) de uma maioria pouco constrangida em dizer em rede nacional “sim” a corrupção e em fazer vistas grossas a sujeirada do Palácio do Planalto, varrida para baixo do tapete pela “bagatela” de R$ 12 bilhões (que saem da conta de um país com 26 milhões de desempregados ou subocupados).

É o tiro que mata mais um, uns, sem que uma solução de fato esteja em pauta. Solução e contingência, e não mitigação. Cansamos de acompanhar retomadas, investidas, apoio tático de diferentes instâncias armadas, prisões sem um plano concreto de combate ao tráfico e a violência urbana que seja sustentado em educação (sempre ela) e em oportunidades imediatas a uma juventude entregue a todo tipo de azar.

Damos o que temos… É suplemento, comida de astronauta, farinata, ração, o que quer que seja para pessoas tratadas com o desdém de sempre. Lava-se a mão com uma esmola (agora sintética) discutindo com bravura e energia de quem está de barriga cheia. Do lado de fora ainda se morre de fome (e de infinitas outras formas incluindo aqui falta de perspectiva e de esperança). Evitamos debater preciosas lições de pescaria, alternativas para que conquistem o próprio pão e vivam uma vida digna sem a dependência de nossos mandos e desmandos. Não interessa. No Brasil da desordem e do regresso, de tantos retrocessos, fome, violência e impunidade andam atrelados.

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