É assim que a história continua

Tudo passa tão rapidamente que quando nos damos conta, veja só, lá se foram dez anos desta página. De um começo na promessa de entregar um pouco do que sou, penso e sinto, passando por alguns meses de silêncio e abandono até a construção de um espaço que se tornou mais catarse e desabafo, o respiro necessário na rotina que levo. Falar, escrever, é libertador.

Leia aqui o primeiro texto publicado, “Voltaire Delivery”de 09 de abril e 2007.

O blog nasceu Ddelivery!, “D” de Douglas e “delivery” de entrega mesmo, sem que fosse um rompante ou um armário a ser escancarado. Não foi preciso… Ao longo de todo esse tempo ele se tornou a minha bandeira para o reforço de mensagens que sempre considerei importantes, um lugar para troca de ideias e o mais revigorante, exercício e aprendizagem constantemente questionados, desconstruídos e renovados.

Ele me permitiu conhecer muita gente e perceber como a bondade, a parceria e a camaradagem são divisores de água e alicerces para a (r)evolução. É por isso que sinto uma enorme felicidade em poder agradecer, entre tantas pessoas especiais, ao Rodrigo Jácome, da Norte Produções, que durante muitos anos hospedou a página sem exigir um único centavo em troca, além de ter doado horas de suporte para uma mente pouco familiarizada com este universo escondido entre colchetes, parênteses, barras, traços…

Fica registrado também a minha gratidão à turma do “Onbuddiesman“, Paula Jácome, Ricardo Campos e Thiago Miranda, talvez o primeiro blog colaborativo cujo foco não estava propriamente nas notícias, mas na repercussão delas junto a influenciadores digitais. Cansamos por não saber naquela época que a internet é um vespeiro sem fim, impossível de ser compreendido, domado e analisado sem parecer esquizofrênico, o sujo falando do mal lavado.

Teve também “3 Tempos!”, livro 100% escrito aqui dentro numa experiência que me trouxe a riqueza dos feedbacks onlines de diversos leitores-guia, das mais variadas idades, em diferentes lugares comprando ou não a ideia do que publicava. Que nenhum de vocês duvide da importância que teve para a finalização dessa obra. E o que falar das ilustrações do meu parceiro-irmão Gustavo Athayde, a leveza necessária para temas quase sempre impróprios? Sou fã.

Não poderia deixar de reconhecer ainda o papel de todos que atualmente me acompanham, compartilham e incentivam a dar o próximo passo. Aprendi, entre tantas coisas, que a verdadeira comunicação se estabelece na troca, no dar e receber sem ressalvas. É por isso que, embora o Ddelivery! agora leve o meu nome (ponto com), continua buscando se tornar cada vez mais um espaço democrático e aberto ao diálogo.

Concordando ou não com uma palavra do que publicamos, que possamos, como Voltaire escreveu certa vez, defender até a morte o direito que todos nós temos de dizê-la. Foi assim que começou essa história e é assim que ela continua. Muito obrigado!

Museu delivery – algumas das identidades visuais do site:

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