Tecnologia: Salvação ou Perdição?

Reflita sobre o que está passando, pare e pense no que está pegando. O futuro em avanços e retrocessos. Criamos caminhos, abrimos possibilidades, facilitamos processos e quando era de se esperar que usufruíssemos de uma certa comodidade, conforto e tranquilidade, queimamos etapas, pisamos fundo no acelerador até parecer fora de controle.

Agarrar o mundo com as próprias mãos nunca foi fácil e gadgets iludem nesta empreitada. Trata-se de um esforço pessoal de destruir o coletivo. A prova de que continuamos presos e arrogantes na mesmíssima ignorância de sempre.

É a era do retrocesso alimentada pelo progresso. Agarra-se a falsa impressão de que antes dava certo, de que o mundo se perdeu em algum momento. É tanta certeza na interpretação dos fatos que nos atrevemos a dizer o que o outro deve ou não acreditar, vestir, comer, assistir, fazer… E perdemos a toada progressista, expansionista, libertária fingindo não ser parte dela. Com um distanciamento falso, hipócrita, olhos grudados em redes sociais e cabeça virada para a idade das pedras.

A discussão do armamento, do desarmamento, vem com notícias de novos tiroteios. A reforma protestante em seus 500 anos e uma igreja retrograda alvejada por um atirador. O questionamento do que é arte, exposições fechadas frente a uma escalada nas denúncias de assédio. É informação que é desinformação, mentira distribuída ao gosto do usuário. Um puxando o outro para o buraco.

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O mundo moderno é difícil demais, repleto de informação que ainda não conseguimos filtrar, sensivelmente complicado de decodificar. Uma ferramenta é o que fazemos dela, para o bem e para o mal, mas sem entender de limite e sem saber o que nos cabe de verdade nesta história toda, acabamos dando uma importância desmedida ao que era para entrar em um ouvido e sair por outro quando não deixamos escapar informações preciosas pelas mãos. Sufocamos debates, impomos preconceitos e queremos certificar de que a pluralidade dê enfim lugar para a uniformidade num mundo cordial à maquina e arredio às relações.

Dentro de uma revolução sem precedentes estamos agarrados ao que parecia sólido… Um celular, um perfil cada vez mais fake, a cópia descarada de um modelo padrão, o eco da imbecilização. Só que não há escapatória quando viver pressupõe conviver: ou nos tornamos parte da notícia, da revolução e sem medo para, a partir dela, propor uma nova forma de ver a sociedade, ou seremos constantemente engolidos pelas tragédias cotidianas enquanto fingimos perplexidade e consternação entre tantas hashtags que formos capazes de criar.

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