Editorial: como vou nas eleições 2018

Eu quase customizei a minha foto do perfil das redes sociais em apoio ao candidato que, de longe, considero o mais preparado para o pleito que se aproxima, mas não o fiz e explico o porquê.

Ainda que eu não entenda pessoas tão inteligentes comprarem uma campanha estruturada na truculência e ignorância, cabe a mim também respeitá-las em suas escolhas. É parte do jogo… Voto é pessoal, intransferível; eu vou com o meu, você com seu, e boa sorte para todos nós no dia 07 de outubro.

De todo modo, não me sinto confortável em me tornar cabo-eleitoral dentro dessa competição desvairada e imatura por variações de crenças e certezas do projeto de país que se desenha facilmente nos discursos já apresentados. Não por fugir à luta, mas por respeito a quem eu sou, e por quem você é… Pelo que juntos construímos em algum momento e que não pode ser destruído por discordâncias políticas.

A eleição do lacrou, mitou, jamais poderá ser aquela que apara arestas, encaminha soluções e resolve problemas. Insisto num ponto: a competição pelo domínio da narrativa apenas pelo prazer de provar-se certo é uma estupidez diante da complexidade do nosso país. Ainda que a birra pela esquerda tenha cunhado o mito, ainda que a divulgação massiva de frases de efeito no TOP 5 do CQC tenha credenciado um político até então inexpressivo nos seus mais de 20 anos de vida pública, fica o questionamento: 

O QUE É O MELHOR PARA O BRASIL? UMA PREGAÇÃO DE ÓDIO OU UMA CHANCE DE RECONCILIAÇÃO?

Ou acreditamos num choque que gere energia, num atrito que produza a faísca de um fogo restaurador, ou continuaremos a juntar os cacos de algo que jamais poderá ser restaurado. Que seja um exercício constante de dialética.

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